Cientistas descobrem novos dados do menor e mais antigo primata, o Purgatorius
Segundo pesquisadores, o pequeno e ágil animal passou grande parte de seu tempo se alimentando de frutas e escalando árvores
Cientistas americanos revelaram novas ideias sobre a vida do Purgatorius, mais antigo primata do mundo. De acordo com pesquisadores que analisaram fósseis encontrados atualmente, o pequeno e ágil animal passou grande parte de seu tempo se alimentando de frutas e escalando árvores há 66 milhões de anos.
Segundo o jornal britânico Daily Mail, os fósseis dos ossos abaixo da cabeça foram os primeiros encontrados. Antes, somente dentes teriam revelado a existência do Purgatorius. "Os ossos do tornozelo mostram que o animal tinha uma mobilidade como os primatas de hoje em dia que vivem em árvores", afirma Stephen Chester, coautor do estudo e paleontologista da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. "Essa mobilidade teria permitido a rotação dos pés em direções diferentes", diz. Além disso, segundo o pesquisador, os resultados também mostram que os primeiros primatas não tinham tornozelos alongados como os vistos em primatas de hoje em dia.
Após analisar o material, a equipe acredita que os ossos do tornozelo especializados do Purgatorius têm um importante papel no sucesso da evolução dos primatas. "Os novos fósseis sustentam a ideia de que os primeiros 10 milhões de anos da evolução primata aconteceram no contexto de um período intenso de diversificação similar em plantas, incluindo a habilidade de escalar galhos e colecionar frutas no início", afirmou Jonathan Bloch, do Museu de História Natural da Flórida.
O Purgatorius viveu durante o período Paleolítico, pouco depois da extinção dos dinossauros, quando começou a dominação dos mamíferos, era que vivemos atualmente. Acredita-se que este mamífero era de coloração marrom e de tamanho pequeno, além de ter uma cauda com bastante pelos, semelhante a um esquilo. Pesaria cerca de 360 gramas, sendo, neste caso, do tamanho dos lêmures de Madagascar.
Fonte: Terra