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O animal terrestre mais rápido do mundo é um ácaro

Ácaro Paratarsotomus macropalpis consegue percorrer o equivalente a 322 vezes o comprimento do próprio corpo em um segundo (Foto: Samuel Rubin (W.M. Keck Sc ience Center, Pitzer College) / Dr. J.C. Wright Laboratory (Department of Biology, Pomona College), The Claremont University Consortium, Claremont, CA)

O mundo animal tem um novo recordista de velocidade, segundo um estudo apresentado no domingo (27) na reunião científica "Experimental Biology 2014", em San Diego, nos Estados Unidos. O bicho terrestre mais rápido do mundo, aponta a pesquisa, percorre uma distância equivalente a 322 vezes o comprimento do próprio corpo em apenas um segundo.

Trata-se do ácaro Paratarsotomus macropalpis. Com o tamanho inferior ao de um grão de gergelim, ele desbancou o antigo recordista mundial: o besouro-tigre australiano, capaz de percorrer 171 vezes seu próprio comprimento em um segundo.
Essa medida diz respeito à velocidade do animal proporcionalmente ao tamanho de seu corpo. Conhecido por sua rapidez, um guepardo que corra a uma velocidade de cerca de 95 km/h, por exemplo, percorre somente 16 vezes seu próprio comprimento por segundo.

Um dos estudantes responsáveis por encontrar esse tipo de ácaro e documentar sua velocidade no hábitat natural foi Samuel Rubin, aluno do Pitzer College, na Califórnia."É muito legal descobrir algo que seja mais rápido que qualquer outra coisa. E apenas imaginar um humano correndo tão rápido, levando em conta seu tamanho, é realmente surpreendente", diz.
Caso o homem tivesse uma velocidade equivalente à da espécie Paratarsotomus macropalpis, levando em conta seu tamanho, ele seria capaz de percorrer mais de 580 metros a cada segundo.
Para Rubin, o estudo sobre como esses aracnídeos conseguem atingir velocidades tão grandes pode inspirar novas tecnologias revolucionárias para a construção de veículos, robôs e outros equipamentos.

Esse tipo de ácaro é natural do sul da Califórnia, onde é comumente encontrado em rochas e calçadas. Para determinar sua velocidade, os cientistas usaram câmeras de alta velocidade no laboratório e também em no ambiente natural dos animais.
"Era muito difícil pegá-los e, quando filmávamos ao ar livre, era preciso segui-los de forma incrivelmente rápida, já que o campo de visão da câmera era de apenas 10 centímetros", conta Rubin.

Fonte: G1