Veja 15 espécies que podem entrar em extinção a partir de 2015
A ONG norte-americana Mother Nature Network listou 15 animais que podem entrar em extinção a partir de 2015:
No topo da lista está o Rinoceronte-de-java. A caça e a perda de habitat ameaçam todas as cinco espécies sobreviventes de rinocerontes, mas nenhuma é mais crítica que o rinoceronte-de-java. Duas de suas três subespécies já estão extintas. Cerca de 40 rinocerontes-de-java vivem no Parque Nacional Ujung Kulon, na ilha de Java, único reduto da espécie, que não vive mais em cativeiro.
Com aproximadamente 121 cm e pesando 40 quilos, o vaquita é o menor boto da Terra. A espécie, composta por apenas 97 indivíduos, aperece na segunda colocação do ranking dos animais que podem entrar em extinção em 2015, segundo a ONG norte-americana Mother Nature Network. Todos os vaquitas remanescentes vivem no Mar de Cortez, no México, onde são frequentemente enredados por caçadores de totoaba [peixe raro cuja barbatana tem suposto valor medicinal na China].
Lêmure esportivo do Norte. Dados da IUCN (International Union for Conservation of Nature) apontam que a espécie perdeu 80% de sua população nos últimos 21 anos. Sua maior ameaça é a perda florestal para as queimadas, para a produção de carvão e plantação de eucalipto, assim como a caça por humanos para consumo de sua carne. Atualmente, o habitat dos 50 membros restringe-se a cerca de 8 quilômetros quadrados no norte de Madagascar.
A população global de tartarugas-de-pente diminuiu em 80% no século passado, esgotada por décadas de caça, urbanização de praias e capturas acidentais. Apesar de seus números gerais ainda estarem em declínio, algumas populações estão se recuperando graças aos esforços de preservação locais, mais notadamente no Caribe. A contagem de ninhos da espécies na costa leste da Nicarágua detectou um aumento de 200% de 2000 a 2014, por exemplo, enquanto a caça decresceu em 80%. Apesar dos esforços a espécie aparece na 4ª posição do ranking de animais que podem entrar em extinção a partir de 2015.
A 5ª colocação é ocupada pelo leopardo-de-amur, uma subespécie extremamente rara, com cerca de 20 adultos e seis filhotes na natureza. Embora esses animais já tenham rondado pelo leste da China e da Coreia, agora estão limitados à Primorye, na Rússia, onde enfrentam uma série de ameaças, incluindo a caça por suas peles, perda de habitat, tráfego rodoviário e mudanças climáticas. Sua minúscula população ainda está em declínio, de acordo com a IUCN, e tem a mais baixa diversidade genética de todas as subespécies de leopardos.
A arara-de-garganta-azul da Bolívia, que aparece no 6º lugar do ranking da ONG norte-americana Mother Nature Network, está criticamente ameaçada devido ao comércio internacional de animais para companhia. Ainda que a Bolívia tenha proibido a exportação de papagaios em 1984, o desmatamento continuou a pressionar as aproximadamente 120 sobreviventes.
Com uma população de cerca de 300 membros, que vivem em Uganda e na República do Congo, os gorilas-das-montanhas adultos também integram a lista de animais que podem entrar em extinção a partir de 2015. Imensamente ameaçados pela perda de habitat e pela caça, eles também foram vitimados nas décadas recentes por conflitos armados entre humanos
O elefante-asiático (ou elefante-de-sumatra), que perdeu aproximadamente 70% de seu habitat potencial desde 1985, é o 8º no ranking das espécies que podem entrar em extinção a partir de 2015. A caça pelo marfim contribuiu com a diminuição da população total desses elefantes, que atualmente é compsota por 2.600 indivíduos. A espécie ganhou inclusive um upgrade na lista vermelha da IUCN e passou de "ameaçada" para "criticamente ameaçada".
O Ganso do Havaí (ou ganso-nenê) é típico do Estado havaiano, descendente do ganso do Canadá que voou para a ilha há milhares de anos atrás. Um número aproximado de 25.000 viveram lá quando os europeus chegaram em 1778, mas uma mistura de caça, perda de habitat, colisões em rodovias e animais invasivos reduziu a espécie para apenas 30 pássaros por volta de 1950. Ele foi declarado uma espécie ameaçada em 1967, e um programa de reprodução em cativeiro foi lançado nos anos 70. A espécie cresceu para aproximadamente 2.000 desde então --incluindo um casal que gerou três filhotes em Oahu em 2014, o primeiro nascimento da espécie na ilha em três séculos. Ainda assim a situação do ganso-nenê é crítica, não à toa está na lista de animais que podem entrar em extinção em 2015.
Na 10ª colocação do ranking está a girafa, que não é frequentemente citada como exemplo em risco da fauna africana. Em 15 anos, sua população teve uma queda de 43%, passando de 140.000, em 1999, para 80.000. Não só os trechos de seu habitat estão sendo roubados pelo homem para a agricultura, como também a mudança climática promove longos períodos de seca que compõem outras pressões, como o influxo de caçadores de elefantes que buscam alimento fácil e renda extra a partir da carne de girafa.
O Morcego de Indiana, que aparece em 11º lugar no ranking, existem em todo o leste dos Estados Unidos, mas abarrota a maior parte de sua população em poucas colônias. A espécie entrou para a lista de ameaçadas em 1967, que sofre com a síndrome do nariz branco (white-nose syndrome), uma doença fúngica que varreu a América do Norte desde 2006. Apesar da taxa de mortalidade de até 100%, cientistas descobriram recentemente pistas de que alguns morcegos são capazes de desenvolver resistência
O lince-ibérico é uma espécie criticamente ameaçada com apenas duas populações reprodutoras conhecidas, ambas na Espanha, e que somam cerca de 200 indivíduos. A dependência de 75% da dieta do lince em coelhos pode ser a sua ruína, uma vez que as populações locais de coelhos têm sido escassas desde surtos de vírus myxoma nos anos 50 e da doença hemorrágica em coelhos nos anos 80.
O sapo do pulverizador de Kihansi, que vive na zona de cachoeiras de Kihansi Gorge, na Tanzânia. Eles já somaram cerca de 17.000, mas diminuíram após a construção de uma barragem em 2000, que cortou 90% do volume de água do desfiladeiro. Embora um sistema de aspersão tenha tentado ajudar, as espécie sucumbiu ao fungo quitrídio, um grande ofensor de anfíbios em todo o mundo. Os sapos foram declaradas extintos na natureza em 2009, mas os cientistas iniciaram um programa de reprodução em cativeiro. Essa população cresceu de 500 para 6.000, o que permitiu o início da reintrodução em 2012.
O kakapo, um papagaio que não voa, pode ser o pássaro mais longevo da Terra --a sua expectativa média de vida é de 90 anos-- mas também está entre os mais raros. Uma vez comum em toda a Nova Zelândia, a espécie foi destruída nos últimos séculos por caçadores humanos, e por outros animais predadores. Os esforços de resgate começaram na década de 90, com a realocação das aves pelos cientistas para duas ilhas remotas onde os predadores não nativos haviam sido removidos. A população de hoje conta com cerca de 125 kakapos e ainda é considerada criticamente em perigo.
Em 15º no ranking está a foca-monge-do-havaí que foi caçado a ponto de quase chegar ao esquecimento nos século 19 e início do século 20. Os EUA declararam-nas em perigo em 1976, e estabeleceu um grande habitat crítico em 1988. Isso protegeu a espécie de caça, mas os 1.200 indivíduos restantes ainda enfrentam ameaças como o lixo marinho, os barcos, a erosão da praia e escassez de alimentos. No entanto, os esforços de preservação parecem estar fazendo a diferença: elas tiveram 121 novos filhotes em 2014, um crescimento que representa 10% do número de indivíduos sobreviventes de toda a espécie
Fonte: Mother Nature Network