Astrônomos descobrem a galáxia mais brilhante do Universo
A uma distância absurda de 12,5 bilhões de anos-luz da Terra, seu brilho equivale ao de 300 trilhões de sóis.
Uma delas sugere que eles já tenham nascido grandes, teoria que altera completamente nossa visão dos buracos negros embrionários, ou “sementes”. “Como você consegue um elefante? Um jeito é começar com um elefante bebê”, explicou em um comunicado Peter Eisenhardt, cientista da missão WISE e co-autor do estudo. As outras duas ideias sugerem que eles estejam quebrando ou distorcendo o limite de crescimento, chamado de limite de Eddington. Como um monstro faminto, essas estruturas devoram gás e matéria e emitem uma quantidade absurda de luz e calor. Essa luz é liberada sob tamanha pressão que repele os gases que poderiam servir como alimento. Quando quebram esta limitação, os buracos negros podem explodir de tamanho.
A hipótese da distorção teria a ver com a velocidade da rotação – se ele gira mais devagar, repele menos refeição e pode “comer mais”. “Os buracos negros massivos nas ELIRGs podem estar se empanturrando de matéria por um período mais longo de tempo”, disse o co-autor do estudo Andrew Blain, da Universidade de Leicester. “É como vencer um concurso de quem come hot dog mais rápido que dura centenas de milhões de anos”. Agora os pesquisadores querem aprofundar os estudos e determinar a massa exata dessas estruturas para resolver o mistério das galáxias superbrilhantes – e, quem sabe, revelar novas descobertas sobre este período primitivo e crucial na evolução do nosso cosmos.
Normalmente, o maior responsável pelo brilho de uma galáxia é o buraco negro localizado em seu centro – e no caso da galáxia mais brilhante já descoberta até agora, não é diferente. Emitindo uma luminosidade equivalente a 300 trilhões de sóis como o nosso, A WISE J224607.57-052635.0 fica a longínquos 12,5 bilhões de anos-luz da Via Láctea. Isso significa que a luz captada em 2010 pelo Wide-field Infrared Survey Explorer (WISE), telescópio espacial da NASA que estuda apenas luz infravermelha, começou sua jornada cósmica quando nosso Universo tinha apenas um décimo de seus 13,8 bilhões de anos.
Enormes buracos negros supermassivos são relativamente comuns nos centros galácticos, mas não em galáxias tão antigas quanto esta que acaba de ser descoberta. De acordo com os princípios conhecidos atualmente, seria simplesmente impossível que um buraco negro crescesse tanto em tão pouco tempo – logo, nosso conhecimento sobre o assunto terá que ser revisto. Um estudo que será publicado na próxima edição do The Astrophysical Journal analisou em detalhes 20 galáxias semelhantes à WISE J224607.57-052635.0, que foram categorizadas em uma classe especial, as galáxias infravermelhas extremamente luminosas (ELIRG, na sigla em inglês). A pesquisa levanta três hipóteses para explicar as dimensões gigantescas dos buracos negros dessas estruturas.
A hipótese da distorção teria a ver com a velocidade da rotação – se ele gira mais devagar, repele menos refeição e pode “comer mais”. “Os buracos negros massivos nas ELIRGs podem estar se empanturrando de matéria por um período mais longo de tempo”, disse o co-autor do estudo Andrew Blain, da Universidade de Leicester. “É como vencer um concurso de quem come hot dog mais rápido que dura centenas de milhões de anos”. Agora os pesquisadores querem aprofundar os estudos e determinar a massa exata dessas estruturas para resolver o mistério das galáxias superbrilhantes – e, quem sabe, revelar novas descobertas sobre este período primitivo e crucial na evolução do nosso cosmos.