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10 cidades perdidas que emergiram do passado

Irã dos Pilares

O mito de Atlântida, criado por Platão, é incrível, mas existem outras cidades que realmente foram perdidas pela humanidade. Conheça a história de algumas que foram redescobertas com o tempo.

1 - Irã dos Pilares

Há uma versão muçulmana do continente perdido de Atlântida. De acordo com o Alcorão, ela seria uma cidade perdida na região sul do deserto da Arábia. Também conhecido como Atlântida das Areias, o local supostamente teria sido destruído por um desastre natural enviado como punição por Deus.

A Atlântida das Areias é descrita no Alcorão como cheia de prédios e populada por um povo conhecido como Ad. As pessoas foram se afastando dos ensinamentos de Alá que, para reverter a situação, enviou o profeta Hud. A população do Irã dos Pilares reagiu com hostilidade, acreditando não precisar das palavras do enviado.

Os Ad foram então punidos por Alá, que fez com que a cidade fosse tomada por uma tempestade de areia que durou oito dias e sete noites. Ao fim, só restou areia.

No começo da década de 1990, uma equipe liderada pelo arqueólogo americano Nicholas Clapp anunciou ter encontrado a cidade de Ubar, a suposta Irã dos Pilares. Isso ocorreu a partir do estudo de imagens captadas satélites da Nasa. Esses recursos permitiram que o grupo identificasse velhas rotas de camelos e seus pontos de conversão. Um deles era a cisterna de Shisr, no sul do deserto da Arábia. Ao conduzir uma escavação no local, um forte octagonal foi descoberto. Apesar de a equipe ter confirmado que a evidência fazia parte do Irã dos Pilares, ainda há dúvidas a respeito da história.

2 - Helike


Localizada em Acaia, região da península do Peloponeso, na Grécia, Helike foi um importante centro cultural, econômico e religioso entre as doze cidades da Liga de Acaia.

Poseidon, deus do mar e dos terremotos, era o padroeiro de Helike e, curiosamente, a cidade foi uma das zonas com mais terremotos na Europa. Uma noite, durante o inverno de 373 a.C., o local foi destruído por colunas imensas de chamas, seguidas de um tsunami. Não sobrou ninguém.

No início do século 19, especulações sobre a verdadeira localização de Helike começaram a circular. Em 1988, os arqueólogos Dora Katsonopoulou, presidente da Sociedade de Helike, na Grécia, e Steven Soter, do Museu de História Natural dos Estados Unidos, lançaram o Projeto Helike, com o objetivo de encontrar o local.

A partir do estudo de textos antigos, eles compreenderam que a cidade estava enterrada entre montanhas. Ela foi encontrada em 2001, em Acaia na Grécia. Onze anos depois, em 2012, foi confirmado que o local era de fato Helike.


3 - Heracleion

A cidade, onde o templo de Cleópatra foi inaugurado, certa vez foi um dos principais centros comerciais do Mediterrâneo. Há cerca de 1200 anos atrás, ela afundou no Mar Mediterrâneo, na costa do Egito.

Por muito tempo se acreditou que a cidade era um mito, como Atlântida. Até que, em 2001, o arqueólogo Franck Goddio, em conjunto com o Instituto Europeu de Arqueologia Marítima, ao buscar navios franceses de guerra afundados, trombou com os restos de Heracleion.

Após retirar camadas de areia e lama, os mergulhadores da missão descobriram que não só a cidade estava bem preservada, como continha gigantes estátuas de farós, deuses, esfinges e pedras com escrituras em grego e egípcio.

4 - Urkesh



Urkesh foi, entre 4000 e 1300 a.C., uma cidade em ascensão. Centro político e religioso, era uma rota comercial entre a Síria e a Mesopotâmia, além de servir como lar dos hurritas.

O local ficou enterrado na areia por milhares de anos, até que, em 1980, arqueólogos encontraram o Tell Mozan, aterro elevado no qual estavam escondidos restos do palácio, templo e da praça. Uma década depois, os pesquisadores descobriram que o Tell Mozan era, na verdade, a cidade perdida de Urkesh.

5 - Terra de Gwyddno



Reza a lenda que, no século seis, um reino conhecido como Cantre’r Gwaelod, no País de Gales, era conduzido por um monarca chamado Gwyddno Garanhir. Até o século 17, a cidade era conhecida como Maes Gwyddno (Terra de Gwyddno). Dizem que o reino inteiro inundou quando a sacerdotisa Mererid ordenou que isso acontecesse.

Décadas atrás, florestas pré-históricas começaram a emergir em Cardigan Bay, no Reino Unido. Fósseis humanos e ferramentas também foram encontrados. A partir de investigações, foi confirmado que o local é o mesmo onde a Terra de Gwyddno um dia existiu.

6 - La Ciudad Blanca



Há dois anos, durante uma expedição aérea nas florestas de Honduras, foi descoberta a La Ciudad Blanca, a “Cidade Branca” ou “Cidade Perdida do Deus Macaco”, como também é conhecida. Trata-se de um local que, até então, parecia ser construído basicamente a partir de lendas e relatos de aventureiros.

A expedição revelou imagens aéreas que mostravam traços de uma civilização perdida. A partir disso, foram enviadas outras missões nas quais os arqueólogos descobriram praças, aterros, pirâmides e vários outros artefatos dessa cultura misteriosa.

7 - Musasir

Foi construído nas montanhas armênias, que ultrapassam os territórios da Turquia, Irã e Iraque, o templo da cidade de Musasir.

Estima-se que a cidade tenha sido construída em 825 a.C. e seu templo, dedicado a Haldi, deus supremo do reino de Urartu, na Armênia. Além disso, Musasir causou bastante discórdia entre os povos da região, todos queriam conquistá-la.

Com o passar dos anos, várias expedições foram lançadas com o objetivo de localizar o templo antigo de Musasir. Em julho de 2014, um grupo finalmente foi bem sucedido: eles encontraram esculturas e colunas dedicadas ao deus Haldi parecidas com as do suposto templo no Curdistão.

8 -  Mahendraparvata

Em 2014, arqueólogos australianos usaram a “Lidar”, uma tecnologia sofisticada que solta vários raios de luz por segundo para captar variações na topografia da superfície, para encontrar uma cidade perdida em Camboja.

Ao sobrevoar a selva, a equipe conseguiu captações com os sensores, de forma a reconhecer a cidade de Mahendraparvata, perdida há mais de 1200 anos que pré-data o templo Angkor Wat, em Siem Reap.

Nas ruínas os arqueólogos encontraram templos, estátuas do Buda e evidência de várias trilhas e aterros que uma vez fizeram parte da cidade.

9 - Caral



A civilização de Supe, no Peru, foi uma das primeiras do mundo. Sua capital, a cidade sagrada de Caral, era uma metrópole com práticas complexas de agricultura, obras arquitetônicas estonteantes, pirâmides, plataformas, templos, praças, áreas residenciais e muita cultura.

Localizada ao norte de Lima, no Peru, a cidade foi pesquisada primeiro pelo arqueólogo alemão Max Uhle em 1905. No entanto, as escavações no local só começaram na década de 70. A partir delas foram descobertas pirâmides e, com mais trabalho na região ao longo dos anos 90, foram encontradas seis pirâmides organizadas em torno de uma praça. A arquitetura pública continha escadas, salas, pátios e anfiteatros.

10 - Lagunita

Duas cidades maias foram encontradas na selva mexicana em 2014. Altares, pirâmides e templos incríveis ainda estavam por lá.

Uma das cidades foi identificada décadas atrás, mas todas as tentativas de encontrar as ruínas, conhecidas como Lagunita, foram em vão. A segunda cidade foi uma surpresa para os pesquisadores e os fez se questionarem mais sobre a magnitude da civilização maia.