Astrônomos capturam em foto uma das galáxias mais antigas do Universo
Galáxia antiga é cerca de 400 milhões de anos mais jovem que o universo - Tayna
A Nasa divulgou recentemente a descoberta de uma das galáxias mais antigas do Universo. De acordo com os pesquisadores, a foto revela um dos objetos estelares com luminosidade mais fraca de que se tem notícia – um indicativo de que teria se formado há cerca de 13,1 bilhões de anos, sendo apenas 700 milhões de anos mais jovem que o Universo.
Apelidado de Tayna, que significa “primogênito” em aimará (idioma falado nas regiões do Andes e Altiplano na América do Sul), o objeto foi encontrado graças a uma combinação de mapeamentos dos telescópios Hubble e Spitzer. Essas tecnologias combinadas estão revolucionando a forma que entendemos as origens do Universo, já que possibilitam que identifiquemos objetos de pouquíssima luminosidade, inexplorados até então.
Além da tecnologia utilizada pelos telescópios, os astrônomos confiaram em um fenômeno conhecido como lente gravitacional. Ele acontece quando a luz de uma determinada fonte sofre distorção por conta da presença de uma estrutura massiva entre a fonte e o observador (no caso, a gente). Neste caso, a estrutura era um aglomerado de galáxias chamado MACS J0416.1-2403. Por conta desse fenômeno, a luz da galáxia ficou 20 vezes mais intensa do que o esperado para objetos como este. De acordo com a coloração da luz, estima-se que o aglomerado esteja a cerca de 4 bilhões de anos-luz de distância do nosso sistema solar.
Para os pesquisadores, a Tayna teria um tamanho similar à Grande Nuvem de Magalhães (ou Large Magellanic Cloud, conhecida como LMC), uma pequena galáxia-satélite da nossa Via Láctea. Os cientistas apostam que ainda há muitas galáxias parecidas com Tayna, e talvez tão antigas quanto, apenas esperando para serem descobertas. E isso não está muito longe de acontecer – em 2018, com o lançamento do telescópio James Webb, estaremos ainda mais perto de encontrar pistas para o início do Universo.
Mais detalhes da descoberta podem ser encontrados no The Astrophysical Journal (em inglês).
Fontes: Galileu e The Astrophysical Journal