Por que o Pau-Brasil é tão valioso?
Arabutã, Ibirapiranga, Ibirapitanga, Ibirapitá, Orabutã, Pau-de-Pernambuco, Pau-de-tinta... finalmente: Pau-Brasil.
Espécie de árvore nativa de nosso território, fora conhecida na Época Brasil Colônia pelos Europeus. A abundância desta espécie confirmou ao país o nome que confiamos até hoje: Brasil.
Era uma árvore de qualidade tão superior que caprichavam no preço no comércio europeu.
A árvore alcança entre dez e quinze metros de altura e possui tronco reto, com casca cor cinza-escuro. Contém frutos que são vagens cobertas por longos e afiados espinhos, que devem protegê-los de pássaros indesejáveis. Contém de uma a cinco sementes de cor marrom.
Alguns historiadores acreditam que o corte do pau-brasil para a obtenção de sua madeira e sua resina (extraída para uso como tintura Têxtil de alto luxo) foi a primeira atividade econômica dos colonos portugueses na recém-descoberta Terra de Santa Cruz.
Tornou-se alvo de muito lucrativo comércio e contrabando, inclusive com navegantes franceses atacando navios portugueses!
Acredita-se que entre 1500 e 1600 foram retirados aproximadamente 2 milhões de indivíduos desta espécie!
Foi então que o Regimento do Pau Brasil, de 1600, estabeleceu o direito de uso sobre as árvores e não sobre as terras. As áreas consideradas reservas florestais da Coroa portuguesa, não podiam ser destinadas à agricultura. Mas essa lei não proibiu a espécie de entrar em extinção.
A madeira do pau-brasil pode ser, talvez, a mais valiosa do mundo atualmente; é considerada incorruptível por não apodrecer e não ser atacada por insetos. Seu uso, dadas a escassez e a proteção, restringe-se apenas à fabricação de arcos de violinos, canetas e jóias.
Profª Carla Reis
Bióloga