NASA descobre Planeta gigante orbitando dois sóis
Ilustração de Eclipse estelar e trânsito planetário do novo exoplaneta
Se você lançar os olhos em direção da constelação Cygnus, você estará olhando na direção do maior planeta já descoberto em torno de um sistema duplo de estrelas. Não é possível vê-lo a olho nu, mas uma equipe liderada por astrônomos da NASA Goddard Space Flight Center em Greenbelt, Maryland, e da Universidade Estadual de San Diego (SDSU) na Califórnia, usaram o Telescópio Espacial Kepler da NASA para identificar o novo exoplaneta, Kepler -1647b.
Kepler-1647 está há 3.700 anos-luz de distância e tem cerca de 4,4 bilhões de anos, mais ou menos a mesma idade que a Terra. As estrelas são semelhantes ao sol, com uma delas um pouco maior do que o nosso Sol e outro um pouco menor. O planeta tem uma massa e raio quase idêntica à de Júpiter, tornando-se o maior planeta já encontrado.
A comparação dos tamanhos relativos dos vários Planetas Circumbinários Kepler. Kepler-1647 b é substancialmente maior do que qualquer um dos Planetas Circumbinários anteriormente conhecidos.
O planeta leva 1.107 dias - pouco mais de três anos - para orbitar suas estrelas hospedeiras, o período mais longo de qualquer exoplaneta encontrado até agora. O planeta também está muito mais longe de suas estrelas do que qualquer outro Planeta Circumbinário, rompendo com a informação que se tinha até o momento de que Planetas Circumbinários tem órbitas próximas. Curiosamente, sua órbita coloca o planeta na chamada zona habitável.
Como Júpiter, Kepler-1647b é um gigante gasoso, tornando improvável a possibilidade de abrigar vida. No entanto, se o planeta tiver grandes luas, estes teriam grande potencial para abrigar vida.
por Adriano Reis
Fonte: NASA