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Daqui a 300 milhões de anos, na Terra teremos o supercontinente Aurica


Um estudo publicado por cientistas portugueses e australianos defendem, como cenário provável, que a Terra terá um novo supercontinente, a que deram o nome de Aurica ('Au' de Austrália e 'rica' de América), daqui a 300 milhões de anos.

Os resultados foram publicados na revista Geological Magazine e tem como base modelos computacionais, cálculos matemáticos, evidências e na história geológica da Terra. 

Curiosamente, os estudos mostraram que ao longo da história da Terra, ocorre a cada 500 milhões de anos os continentes se tornam um único supercontinente.
Há 200 milhões de anos, ainda na época dos dinossauros, sabemos que existia um supercontinente chamado Pangeia, onde a América do Sul estava ligada a África por exemplo.

A hipótese da formação de um supercontinente, baseia-se na evidência de que novas zonas de subducção estão se propagando no Atlântico.
As zonas de subducção (locais onde uma placa tectônica mergulha sob a outra) são requisitos para os oceanos se "fecharem".

O Pacífico está rodeado de zonas de subducção próximo do Japão, do Alasca (EUA) e da região dos Andes (América do Sul).
As zonas de subducção propagam-se de um oceano para o outro, do Pacífico para o Atlântico indicaram os cientistas.

No Atlântico, já existem duas zonas de subducção totalmente desenvolvidas: o Arco da Escócia e o Arco das Pequenas Antilhas.
Uma nova zona de subducção poderá formar ao largo da margem sudoeste ibérica, em torno do território português.

A cadeia montanhosa dos Himalaias, a Índia e o interior da Eurásia correspondem a "uma zona de rutura, onde as placas tectônicas vão partir-se num futuro", permitindo "partir ao meio" a Eurásia, cenário possível dentro de 20 milhões de anos.

Para o cientista, a fratura da Eurásia irá possibilitar a junção dos oceanos Atlântico e Pacífico.