Astrônomos encontram Planeta vagando "bem próximo" do Sistema Solar
Um planeta 12 vezes maior que Júpiter foi encontrado vagando sozinho pelo espaço a cerca de 20 anos-luz da Terra.
Ele não está ligado a nenhuma estrela e é o primeiro objeto desse tipo a ser descoberto usando um radiotelescópio.
Tanto a sua massa como a enorme força do seu campo magnético desafiam o que os cientistas sabem sobre a variedade de objetos astronômicos encontrados nas profundezas do espaço.
O objeto está bem na fronteira entre um planeta e uma anã marrom e está trazendo alguns entendimentos que podem ajudar a entender os processos magnéticos tanto nas estrelas quanto nos planetas.
Anãs marrons são objetos difíceis de categorizar, pois são grandes demais para serem considerados planetas e não grandes o suficiente para serem considerados estrelas.
Originalmente detectado em 2016 usando o telescópio Very Large Array (VLA) no Novo México, o planeta recém-identificado foi inicialmente considerado uma anã marrom.
Muito ainda permanece desconhecido sobre esses corpos astronômicos - com o primeiro apenas observado em 1995 - e os cientistas por trás da descoberta estavam tentando entender mais sobre os campos magnéticos e as emissões de rádio de cinco anãs marrons.
No entanto, quando outra equipe olhou para os dados da anã marrom, eles perceberam que um dos objetos, chamado SIMP J01365663 + 0933473, era muito mais jovem do que os outros.
Sua idade significava que, em vez de uma "estrela falida", eles haviam encontrado um planeta flutuante.
Semelhante à aurora boreal vista na Terra, este planeta e alguns anãs marrons são conhecidas por terem auroras próprias - apesar da falta dos ventos solares que tradicionalmente os impulsionam.
É a assinatura de rádio dessas auroras que permitiu que os pesquisadores detectassem esses objetos distantes em primeiro lugar, mas ainda não está claro como eles estão sendo formados.
No entanto, a análise da equipe de pesquisa mostrou que o campo magnético do planeta é incrivelmente forte, cerca de 200 vezes mais forte que o de Júpiter, e isso pode ajudar a explicar por que ele também tem uma aurora forte.
A pesquisa foi publicada no The Astrophysical Journal.