Cientistas descobrem novo tipo de célula no cérebro humano
Pesquisadores anunciaram a descoberta de um novo tipo de célula cerebral humana, um neurônio chamado de "neurônio rosa mosqueta", nome dado devido a semelhança com a estrutura da planta silvestre rosa mosqueta (Rosa rubiginosa affinis).
Os pesquisadores documentaram o novo neurônio examinando o tecido cerebral de dois homens falecidos de meia-idade. Quando os pesquisadores analisaram os genes do neurônio da rosa mosqueta neste tecido post-mortem, descobriram que os neurônios agiam de maneira diferente.
Especificamente, os pesquisadores descobriram que estes neurônios compõem cerca de 10% da primeira camada do neocórtex - a parte mais recentemente desenvolvida do córtex que está relacionada a visão e a audição. Eles também descobriram que os neurônios da rosa mosqueta se conectam a neurônios chamados células piramidais, um tipo de neurônio excitatório que compõe dois terços de todos os neurônios do córtex.
A extensão total da relação dos neurônios da rosa mosqueta com os neurônios piramidais não é clara, mas os pesquisadores descobriram que os neurônios da rosa mosqueta atuam como neurônios inibitórios, ou aqueles que restringem a atividade de outros neurônios.
Todos os mamíferos têm um córtex e dentro dele um neocórtex. Mas há cerca de mil vezes mais células no córtex humano em comparação com um rato. Em outras palavras, é uma parte muito maior do nosso cérebro do que do rato. Então, talvez não seja surpresa que a equipe não tenha encontrado nenhum indício genético destes neurônios em camundongos.
A ausência do neurônio da rosa mosqueta em cérebros de camundongos pode servir como um lembrete de que os resultados de alguns estudos cerebrais feitos em ratos não podem ser traduzidos para humanos, disseram os pesquisadores.
A descoberta foi publicada na revista Nature Neuroscience.