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Novo adesivo promove a cicatrização crônica de feridas de pessoas com diabetes


Pesquisadores da Universidade de Nanjing, na China, desenvolveram um adesivo para pele feito de algas verde-azuladas que promete acelerar a cicatrização de feridas crônicas em pessoas com diabetes.

Aproximadamente um quarto das pessoas com diabetes desenvolve feridas crônicas devido a má circulação e outras complicações que dificultam a cicatrização da pele após cortes e arranhões. Em casos graves, a parte do corpo afetada pode até ser amputada.

Um tratamento bastante utilizado para as feridas diabéticas é por meio de gás oxigênio, pois é conhecido que o oxigênio ajuda na cicatrização da pele. Mas muitas vezes não funciona porque apenas uma pequena quantidade de gás oxigênio é capaz de penetrar na pele.

Sabendo disso, os pesquisadores desenvolveram um adesivo para feridas que contém bactérias vivas Synechococcus elongatus, mais conhecidas como algas verde-azuladas, que naturalmente produzem oxigênio na presença da luz solar através do processo de fotossíntese, além disso, também contém esferas de hidrogel projetadas para absorver o oxigênio produzido pelas bactérias e transportá-lo profundamente para a pele, penetrando nos dutos de suor e nos folículos capilares. 

Os pesquisadores compararam a eficácia do adesivo bacteriano à gasoterapia com oxigênio padrão em camundongos com diabetes que apresentavam feridas na pele medindo 1 centímetro de diâmetro.
Após seis dias, as feridas tratadas com o adesivo bacteriano haviam diminuído em 45%, em comparação com apenas 20% nas tratadas com gás oxigênio. As feridas tratadas com o adesivo bacteriano também fecharam completamente cerca de três dias antes, e nenhum efeito colateral foi observado.

O desempenho superior do adesivo bacteriano parecia estar relacionado a uma melhor oferta de oxigênio, pois foi transportado cerca de 100 vezes mais oxigênio na pele do rato do que o gás oxigênio.

Os pesquisadores agora esperam testar o adesivo em animais maiores antes de avançar para ensaios clínicos em humanos.