"Chuva de Iguanas" na Flórida

No sul da Flórida, as temperaturas, de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia, atingiram um mínimo de -4º C neste inverno de 2022. A agência expõe a seguinte situação: a região está enfrentando temperaturas das mais frias da última década.

E em que isso afeta alguns seres vivo?

Imagens de iguanas, animais comuns neste habitat circulam na internet e o motivo é muito simples. Se chama PECILOTERMIA.

Chamamos de pecilotermia a característica de que alguns seres vivos não conseguem manter sua temperatura corporal numa faixa segura, fazendo com que o corpo do animal esteja sempre de acordo com a temperatura do ambiente ao que ele se encontra e que nem sempre é a mais adequada para sua sobrevivência.

Acontece que essa temperatura é considerada extremamente fria para a região da Flórida, mesmo no inverno. Isso faz com que os animais pecilotérmicos (chamados de animais de sangue frio para facilitar) não tenham condições mínimas de mobilidade.

As iguanas dependem do Sol e do calor do ambiente para se aquecer e é aquecidas que seu organismo funciona de maneira adequada (sangue circula, coração bate, rins e pulmões funcionam...) para que possam ter energia e se movimentem. Isso vem sendo impossibilitado pelas baixas temperaturas que estão presentes por longo tempo na região.

Os répteis iniciam sua trajetória durante o dia, entre as arvores pouco ensolaradas o que faz com que se cansem com facilidade. Ficam descansando nas árvores quando, por conta do frio, perdem o controle e caem das árvores. Fenômeno apelidado de chuva de iguanas.

Um tempo depois, expostas ao solo e ao pouco sol que encontram, aquecem um pouco a temperatura de modo a ficarem um pouco mais espertas e adivinhem só: voltam a buscar segurança nas árvores.

Apesar de incomum, não é a primeira vez que o fenômeno é descrito e por mais curioso que seja, vale lembrar que uma iguana adulta pode pesar até 4kg. Já imaginou então, que a queda delas sobre automóveis, crianças, adultos e outros animais pode ser perigoso?