Novo nariz eletrônico é capaz de detectar alimentos estragados com precisão de 96,7%
Cientistas da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia desenvolveram um nariz eletrônico inovador, com uma precisão de 96,7% na detecção de alimentos estragados. Esse novo dispositivo, chamado e-nose, utiliza um único sensor revestido por óxido de grafeno para identificar compostos orgânicos voláteis (COVs) emitidos pelos alimentos. Esses compostos são gases liberados de materiais orgânicos que podem indicar se o alimento está em boas condições para consumo.
Ao contrário de modelos anteriores, que dependiam de múltiplos sensores revestidos com nanomateriais diferentes, esse novo e-nose simplifica o processo com uma única antena revestida. A antena emite sinais de rádio em várias frequências e, ao analisar a forma como esses sinais são refletidos pelos gases, o sensor detecta padrões específicos associados aos COVs. Esse avanço reduz o consumo de energia e o custo de produção do equipamento.
Além de detectar alimentos estragados, o nariz eletrônico pode ser potencialmente adaptado para detectar doenças no futuro, já que cães treinados conseguem identificar doenças como o câncer por meio dos COVs liberados pelos corpos humanos. O sensor, entretanto, não requer treinamento como os cães, o que pode torná-lo uma ferramenta poderosa em várias áreas, da segurança alimentar à medicina preventiva.